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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Chovendo no Molhado

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Recentemente tenho sido influênciado a falar sobre este assunto, porém, tenho me guardado destas questões, pois é um assunto incômodo, mas creio que após este pequeno artigo, poderemos pensar um pouco se vale a pena buscar nossa satisfação pessoal e ignorar a real situação.
Desde que aceitei ser adotado como filho de Deus que esta questão me vem aos ouvidos:” Não gosto desta congregação, vou procurar outra”.
Confesso que logo de  início, e tenho que frisar,  sem nenhuma noção de “Igreja”, maturidade espiritual e conhecimento Bíblico, compartilhava desta idéia, contudo nunca mudei de casa, se assim podemos dizer, por um simples motivo: o problema não está nas pessoas de mais responsabilidade da casa, mas sim em mim, que não tenho depositado em Deus confiança suficiente para que através de muita oração regada a  lágrimas,  cause uma transformação no modus operantis destes lideres("A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tg 5.16).
Aqui preciso deixar claro que não estou atacando de forma alguma pessoas que trocam de denominação(ou congregação). Ainda não cheguei no ponto.
Amo a teologia da prosperidade pois ela me faz sentir tão bem, me traz uma confiança de que posso ter muito mais que o evangelho pregado por Jesus oferece, porém, se após ser adotado como filho, e meu destino final não é nesta terra, tenho que negar essa teologia(com muito pesar) e correr para o real evangelho, aquele que parece loucura para os que perecem, mas que para pessoas como eu e alguns de vocês, são o poder de Deus.
 Vivemos num sistema econômico de livre comércio, onde  você pode encontrar em uma única localidade num raio de 5 a 10 metros varias lojas que oferecem os mesmos ítens,com isso causando uma pequena competição por clientes, levando seus proprietários a agir de forma a facilitar a fluência destes consumidores, proporcionando assim inúmeras vantagens a esses com um único propósito: gerar renda para sua loja e expandir os seus negócios. Algo errado nisso?, de maneira nenhuma, contudo, se trouxemos esta pequena ilustração ao meio cristão, encontramos homens muito” bem sucedidos em seus ministérios”(que realmente parecem ser seus) buscando expandir seus negócios(não usei a palavra errada), e aqui esta o ponto.
Estes buscam localidades  saturadas de igrejas com as mais diversas doutrinas e costumes, e oferecem inúmeras vantagens, e trazendo para o contexto do Estado em  que resido,  uma das maiores vantagens que se pode oferecer aos cristão em busca da satisfação pessoal, é não estipular um  padrão estético em sua doutrina, causando um êxodu dos insatisfeitos com regimes ditatoriais antigos, arcáicos e totalmente fora de contexto climático e geografico. Contudo, a pergunta que mais me leva a refletir sobre essa questão é: “A quem Jesus mandou irmos para discipular e levar as palavras de vida?”
Creio que não foi a cristãos insatisfeitos que fomos enviados mas sim, aqueles que não tem a oportunidade de conhecer o evangelho e que suas almas estão desejosas por um encontro real com Jesus, para que possam ser libertos das cadeias as quais estão presos e desfrutar da paz que somente nosso senhor Jesus pode oferecer.
Então porque será que estes homens ao invés de buscar os insatisfeitos mais favorecidos não vão em busca daqueles que não tem nem com o que estar insatisfeitos?
Vi um vídeo em que o Pr Jonh Piper fala a respeito da teologia da prosperidade e em um dado momento faz uma colocação pertinente a este assunto, dizendo que aqueles que são ensinados nesta teologia dificilmente irão a lugares inóspitos e hostis, buscar a recompensa do sacrifício de Jesus.
Sem receio algum de afirmar tal coisa, digo que as reais intenções destes homens são apenas o lucro e o alto benefício, e que realmente não estão se importando com aqueles que estão perdidos mas tentando proporcionar um bem estar(falso) aos cristão, se assim podemos dizer( pois Jesus nunca falou em bem estar associado a vida nesta terra para seus seguidores) apenas para manter seus altos padrões de vida e envergonhando o evangelho que muitos deram a vida para trazê-lo a este pais e continuam dando as vidas sem se importar com satisfação pessoal, apenas vivendo por Ele, para Ele e nEle, com o fim de  render-Lhe glorias, louvor e honra.
Usando as palavras inspiradas pelo Espírito Santo, digo: "Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho." Fp 1.20-21.
Que Deus nos conceda a dadiva de um coração arrependido!